Sem acordo, greve inicia
Foto: Andes
A falta de acordo entre o governo federal e o
sindicato nacional dos docentes no ensino superior federal (Andes) está levando
a categoria manter a deflagração de greve geral nacional para a partir do dia
15 de abril, segunda-feira.
No caso da Universidade Federal de Campina
Grande, há 2 situações distintas.
As seções sindicais da associação dos docentes
de patos e da associação dos docentes de Campina Grande, Cuité, Souza e Sumé
rejeitaram o indicativo de greve.
Assim, não vão paralisar as atividades a
partir da terceira semana de abril.
Já a sessão sindical da associação dos
docentes de Cajazeiras aprovou o indicativo de greve, porém com início de
adesão não imediato.
A mais recente assembleia geral realizada da
associação dos docentes da UFCG, em Campina Grande.
Na votação realizada dia 5 de abril, foram 152
votos contrários à adesão à greve e 50 favoráveis.
Agora vamos ao cenário da mobilização nacional
capitaneada pelo antes, que é o sindicato dos docentes das instituições
federais de ensino.
De 56 sessões sindicais monitoradas, 8 mantêm
a decisão de não aderir à greve nacional, marcada para a partir do dia 15.
Não vão parar, portanto, a Universidade
Federal do Amazonas, o campus da UFCG, em Patos e os campi da UFCG em Campina
Grande, Cuité, Souza e Sumé.
Também não vão aderir à greve à Universidade
Federal Rural do Semi-Árido no Rio Grande do Norte e a Universidade Federal de
Mato Grosso.
Completam a lista das instituições que não
aderem à greve nacional à Universidade Federal do Rio de Janeiro e à
universidade federal do vale do Rio São Francisco, em Pernambuco.
Inicia greve a partir do dia 15 de abril a
Universidade Federal de Goiás, o centro federal de educação tecnológica do Rio
de Janeiro, a Universidade Federal de Ouro Preto, em Minas Gerais.
Também iniciam a greve, a partir do dia 15 de
abril, a Universidade Federal do Pará, a Universidade Federal de Uberlândia, em
Minas Gerais, e a Universidade de Brasília, no Distrito Federal.
A Universidade Federal do Rio Grande do Sul já
está em greve, decisão essa tomada em assembleia realizada no dia 8 de abril.
Metade das sessões sindicais monitoradas pelo
Andes, ou seja, 57 aprovou indicativo de greve em suas assembleias realizadas
desde o mês de março.
Essas seções sindicais devem realizar
assembleias gerais a partir do dia 15.
Decidir por manter a decisão de parar ou então
reverter essa condição, esse tipo de reversão na decisão é comum e o Andy já
tem um caso atualmente.
A sessão sindical da Universidade Federal de
São Paulo, por exemplo, havia aprovado o indicativo de greve em primeira
assembleia no dia 13 de março, mas depois reverteu para a condição de
mobilização em assembleia realizada dia 2 de abril.
Agora vamos ao cenário das negociações entre o
governo federal e o sindicato nacional dos docentes, o Andes, em Brasília.
Na segunda semana de abril, foram realizadas 2
rodadas de negociações entre governo e o sindicato nacional. Uma na
quarta-feira, dia 10, e outra no dia seguinte.
Em ambas as situações, o governo federal,
através da equipe econômica ministerial, não apresentou novidade em relação às
reivindicações tanto de professores quanto das demais categorias do serviço
público federal.
Continua, portanto, o posicionamento do
governo federal em não aplicar reposição de perda salarial no ano civil de
2024.
A única proposta sustentada na mesa de negociação
é reposição de 9%, ainda assim dividida em 4,5% em 2025 e outros 4,5% s em
2026. O Andes os demais sindicatos nacionais de servidores federais continuam
não aceitando a condição e consideram os diálogos da segunda semana de abril
como infrutíferos na perspectiva de uma negociação.
Entrevistas com membros da equipe econômica do
governo, publicadas por veículos de imprensa, sinalizaram para a possibilidade
de apresentação de uma primeira contraproposta aos servidores federais em geral
para daqui 2 ou 3 semanas.
Enquanto isso, segundo antes, prevalece a
condição de greve geral da educação federal em todo o país.