Greve começa a parar a UFCG

Campina Grande/PB - A greve dos docentes na Universidade Federal de Campina Grande entra na primeira semana nesse dia 10 de junho.

A paralisação por tempo indeterminado foi decidida em assembleia geral realizada no dia 6 de junho, quinta-feira da semana passada.

O comando local de greve formado pela Associação dos Docentes da UFCG manteve reuniões na última sexta-feira e mesmo no sábado, iniciando o planejamento das ações.

No dia 11 de junho o comando local de greve faz ato de apoio aos servidores técnicos administrativos, no início da manhã, em frente ao campus sede em Campina Grande.

No turno da tarde o comando de docentes grevistas deverá ter audiência com o reitor da UFCG, Antônio Fernandes Filho.

Na quarta-feira, dia 12 de junho, haverá ato político de ratificação da pauta da greve nacional deflagrada pelo Andes.

Esse ato será simultâneo à posse de novos docentes da UFCG, contratados em concursos públicos, marcado para o Centro de Eventos Rosa Tânia.

Na quinta-feira, dia 13, o comando local de greve da ADUFCG terá reunião com todas as suas comissões, na sede do sindicato no campus sede de Campina Grande.

Essa reunião é preparatória para o importante encontro que deverá ocorrer no dia 14, em Brasília, ocasião em que o Ministério da Gestão e Inovação deverá receber para nova negociação as representações sindicais nacionais de docentes e servidores técnicos administrativos.

Em eventual acordo entre governo federal e os comandos nacionais de greve nesse dia 14, todas as bases sindicais de docentes e servidores espalhadas pelo país terão prazo para realizar novas assembleias.

Essas novas assembleias serão realizadas somente na existência de uma proposta formal do governo federal.

Quase dois meses de greve nacional

A greve nacional nas instituições federais de ensino foi iniciada no dia 15 de abril de 2024.

No mês anterior os servidores técnicos administrativos já haviam iniciado movimento grevista.

Nesses mais de dois meses de serviços interrompidos em universidades, institutos e colégios federais não houve avanço nas negociações.

Da parte do governo federal, em se tratando de reposição de perdas salariais, a única proposta é de índice de 9% em janeiro de 2025 e outros 4,5% em maio de 2026, descartando qualquer parcela em 2024.

Da parte do Andes, que é o sindicato nacional dos docentes do ensino superior, além de esse índice de reposição ter de ser de no mínimo 22%, o parcelamento tem de programar adiantamento já em 2024.

O comando nacional de greve exige ainda, retomada do orçamento integral das instituições federais de ensino, comprometidas por cortes frequentes no governo federal anterior e não revertidas pelo atual.

Início da greve coincide com matrículas na UFCG

As aulas na Universidade Federal de Campina Grande seriam retomadas no dia 17 de junho, ou seja, segunda-feira da semana que vem.

Nessa data teria início o período letivo 2024 ponto um, que encontra-se defasado em relação ao calendário civil, ainda devido à pandemia da Covid-19.

Nessa segunda semana de junho, discentes e docentes encontram-se em recesso devido ao interstício entre os períodos letivos 2023 ponto dois e 2024 ponto um.

Atualmente também, as coordenações de graduação da UFCG estariam em demanda de matrícula de novos ingressantes via Sisu.

Esse serviço é feito de forma conjunta entre as coordenações de graduação e as secretarias de cursos.

Com a greve de docentes e de servidores técnicos administrativos, contudo, é possível que essa demanda seja reprogramada.

De acordo com nota pública emitida pela reitoria da UFCG, o comunicado formal das bases sindicais da Adufcg e da associação dos docentes do campus de Patos sobre a deflagração da greve será encaminhada ao colegiado pleno da instituição.

Pelos prazos regimentais, a realização da reunião do colegiado pleno ocorrerá a partir de 48 horas da data de sua convocação.

(Grupo de Estudos, Pesquisa e Extensão Paradigma Educom) 

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